Em uma transmissão ao vivo que agitou os bastidores da política em Rondônia, o ex-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, fez graves acusações ao atual governo estadual. Ele alegou que um grupo dentro da administração busca eliminar politicamente qualquer liderança que interfira nos planos do governador, usando a máquina pública como instrumento de perseguição e manipulação.
Gonçalves destacou que o governador tentou interferir na presidência estadual do União Brasil, em uma manobra desesperada para isolar o vice-governador e controlar o partido. “Foi uma tentativa inaceitável de tomar o diretório à força, um ataque direto à democracia interna”, afirmou.
Ele também expôs que as nomeações nas secretarias e órgãos estaduais são decididas unicamente pelo governador, revelando uma estratégia perversa: “Primeiro, tentam arruinar a reputação da pessoa. Em seguida, exoneram e colocam alguém alinhado aos interesses pessoais do governador.”
Como exemplo da inconsistência nas ações do governo, Gonçalves mencionou a exoneração da alta cúpula da Polícia Civil, que ocorreu acompanhada de um comunicado repleto de agradecimentos e elogios.
“Se tudo estava tão bem, por que exonerar toda a cúpula da Polícia Civil?”
Questionado sobre o medo de represálias, respondeu com tranquilidade, sem ocultar a gravidade da situação: “Não tenho medo, mas peço a Deus proteção. Meu desejo é paz. E sei que tudo que ocorre neste governo está sob a supervisão e autorização do governador; nada acontece por acaso.”
No final da transmissão, deixou um recado direto para o governador e a primeira-dama:
“Querem realmente moralizar o Estado? Então comecem investigando o Detran.”
Eduardo Kopanakis
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