Rondônia realiza simulado para resposta a emergências em saúde na faixa de fronteira

O governo de Rondônia esteve envolvido na organização e realização de um Simulado sobre Mudanças Climáticas, Migrações e Saúde na Faixa de Fronteira, que ocorreu na terça-feira (13) no auditório do campus da Universidade Federal de Rondônia (Unir), em Guajará-Mirim, cidade que faz fronteira com a Bolívia. O evento reuniu representantes de instituições federais, estaduais e municipais responsáveis por responder a situações de emergência. As atividades continuarão até o dia 15 de maio, incluindo oficinas e debates voltados para a consolidação de políticas públicas integradas na saúde nas regiões de fronteira.

Este evento, promovido pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa/RO) com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), é parte de um encontro de três dias que junta representantes de diferentes níveis de governo, organizações da sociedade civil e controle social, com o objetivo de melhorar as respostas a eventos relacionados às mudanças climáticas.

Segundo o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a iniciativa é crucial para o fortalecimento das políticas públicas de saúde nas áreas de fronteira. “O governo está comprometido em promover ações que protejam a população. Estamos investindo no fortalecimento de estratégias preventivas e na elaboração de planos para respostas mais eficientes”, destacou.

CENÁRIO DE EMERGÊNCIA

A dinâmica do simulado foi conduzida por Eduardo Honda, representante do Cievs da Agevisa/RO, e Marcus Vinicius Quito, representante da Opas no Brasil. A metodologia incluiu a divisão dos participantes em quatro grupos principais, baseando-se em suas áreas de atuação: gestão, vigilância em saúde, assistência à saúde, e forças de segurança e fiscalização em fronteiras.

Os profissionais, incluindo avaliadores e facilitadores, foram expostos a um cenário fictício envolvendo mudanças climáticas, migrações e seus impactos na saúde pública. As equipes tiveram que se comunicar por meio de seus facilitadores, integrando informações para elaborar uma resposta coordenada à emergência simulada. A atividade durou cerca de quatro horas, com foco no fortalecimento da capacidade de resposta interinstitucional frente a riscos sanitários complexos.

COMPARTILHAMENTO DE ESTRATÉGIAS

De acordo com o representante da Opas no Brasil, o objetivo da simulação é fomentar o exercício coletivo das competências dos profissionais participantes, permitindo a troca de estratégias e soluções para respostas mais eficazes. “As oficinas são vitais para aprimorar a expertise dos diferentes segmentos que atuam em emergências, especialmente em regiões de fronteira”, afirmou.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Gilvander Gregório, diretor-geral da Agevisa/RO, ressaltou que o primeiro dia foi dedicado à avaliação da capacidade de resposta local a uma emergência de saúde pública relacionada às mudanças climáticas. No segundo dia, será elaborada uma carta de intenções do Brasil, em consonância com autoridades dos governos da Bolívia e do Brasil, que conterá diretrizes para efetivar uma política pública abrangente para a região de fronteira. O terceiro dia será dedicado a discutir a política de fronteira sob a perspectiva do controle social, garantindo a voz da sociedade.

Participaram do simulado representantes da Agevisa/RO, Secretaria de Atenção Primária e Especializada do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Secretaria Municipal de Saúde, Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (Renaveh), além do Núcleo Estadual da Faixa de Fronteira de Rondônia (Neifro), Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO), entre outros organismos estratégicos.