RONDÔNIA NA LISTA: PL busca estado para lançar Carlos Bolsonaro após o não de Santa Catarina

Após a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) criticar a “importação de candidatos sem identificação com o estado”, o Partido Liberal (PL) avaliará a viabilidade da candidatura do vereador carioca Carlos Bolsonaro em outras regiões. A posição da Fiesc foi divulgada na última terça-feira (17) e interpretada como uma mensagem direta à recente especulação sobre uma possível candidatura do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina.

Além da Fiesc, outros líderes políticos no estado, associados às deputadas do PL, Caroline de Toni e Júlia Zanatta, também se manifestaram. Ambas são apoiadoras de Bolsonaro e se preparam para suas próprias candidaturas ao Senado. O atual senador Esperidião Amin (PP) também busca a reeleição pelo bloco bolsonarista.

O PL acredita que a relação de Carlos com Jair Bolsonaro pode proporcionar força a sua candidatura em estados com forte presença do bolsonarismo. Na região Norte, os estados que estão sendo considerados incluem Acre, Rondônia e Roraima. Se Carlos optar por Rondônia, o partido terá que ajustar sua estratégia, já que Bruno Scheid e o deputado federal Fernando Máximo já são pré-candidatos e estão em campanha.

Outros estados do Centro-Oeste e do Sul, onde o bolsonarismo também tem boa aceitação, serão analisados. O partido planeja realizar pesquisas para identificar as melhores oportunidades para a candidatura de Carlos Bolsonaro, filho 02 do ex-presidente.

Cenário desfavorável em Santa Catarina

Outro motivo que levou o PL a reconsiderar a candidatura de Carlos Bolsonaro em Santa Catarina é uma pesquisa recente que indica uma disputa intensa pelas duas vagas no Senado. O nome do vereador do Rio não foi incluído na pesquisa, que demonstrou um empate técnico entre três candidatos preferidos.

De acordo com um dos cenários apresentados pela Neokemp Pesquisas, a deputada federal Caroline de Toni (PL) contabiliza 18,5%, seguida pelo atual senador Esperidião Amin (PP), com 15,9%, e o presidente do Sebrae e ex-prefeito de Blumenau, Décio Lima (PT), que tem 15,4%.

Em seguida, aparece o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), com 9,3%, a deputada Júlia Zanatta (PL), com 8,2%, e o deputado estadual Antídio Lunelli (MDB), com 5,6%. Os indecisos representam 21,9%, enquanto os votos em branco e nulos somam 5,3%.