O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) recebeu destaque nacional ao ver a campanha “Família Acolhedora” indicada como finalista no Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça. A inclusão do projeto rondoniense na categoria “vídeo institucional” reflete o esforço da Coordenadoria de Comunicação Institucional. O TJRO enfrenta concorrentes de peso, como a Defensoria Pública do Mato Grosso do Sul e os Ministérios Públicos Federal e de Tocantins.
Sob a direção e roteiro da jornalista Ana Carolina Gouveia Cardoso, o vídeo “Família Acolhedora” busca consolidar e expandir um programa social crucial em Rondônia. Apesar de existir em Porto Velho há mais de três anos, o programa de acolhimento familiar era amplamente desconhecido pelo público, o que afetava sua eficácia. O objetivo da campanha foi aumentar a visibilidade do serviço e promover a adesão de outros municípios, incentivando o acolhimento temporário de crianças e adolescentes em lares, conforme recomendado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), evitando assim a permanência prolongada em instituições. Atualmente, apenas Porto Velho e Ji-Paraná têm esse serviço, e na capital, o registro de famílias acolhedoras não ultrapassou três desde 2019.
A campanha “Família Acolhedora” atuou de forma proativa para conectar a legislação ao seu uso prático. O vídeo institucional, peça central da campanha, foi criado para desmistificar o programa, romper preconceitos e mobilizar tanto a sociedade (com foco na adesão de famílias) quanto as prefeituras de Rondônia a implantarem o serviço em suas localidades. Lançado em março de 2024, o material inclui histórias emocionantes de famílias acolhedoras, depoimentos de profissionais da área (magistrados, assistentes sociais, psicólogos) e as experiências de crianças e adolescentes acolhidos.
Os dados iniciais da campanha são promissores, com um aumento significativo no número de acolhimentos em 2024 comparado aos anos anteriores. Durante o ano, foram registrados 29 novos acolhimentos e 7 remanescentes de 2023. Dentre eles, 5 crianças foram reintegradas às suas famílias de origem, 5 foram adotadas e 4 foram transferidas por não terem vínculo com a família acolhedora. Até 31 de dezembro de 2024, 18 acolhidos (incluindo grupos de irmãos) estavam sob o cuidado do programa. A campanha também foi notável por sua acessibilidade, com o vídeo produzido em Libras e legendas, ampliando seu alcance.
Conbrascom
A indicação do TJRO como finalista no Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça é um reflexo de seu histórico de reconhecimento na comunicação jurídica. O Tribunal já recebeu essa distinção em 11 ocasiões, demonstrando consistência na qualidade de seus projetos comunicacionais. Essas premiações incluem diversas categorias, como melhor vídeo, relacionamento com a imprensa, fotografia e inovação. O Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça visa valorizar e dar visibilidade ao trabalho de instituições e servidores públicos que se destacam na criação e disseminação de material informativo sobre a Justiça brasileira, promovendo os direitos e a cidadania em todo o país.
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