A Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), iniciou na segunda-feira (23) um programa de atendimento oftalmológico destinado às comunidades indígenas da região. Essa ação é realizada em parceria com o projeto Aldeia em Foco e visa aumentar o acesso à saúde ocular, promovendo inclusão e equidade no atendimento especializado.
O primeiro dia de atividades foi na Comunidade Central Karitiana
As atividades começaram na Comunidade Central Karitiana, situada a pouco mais de 60 km da capital. A iniciativa também atendeu moradores das comunidades Bom Samaritano e Juari. Espera-se que entre 120 e 150 pessoas recebam atendimento diariamente, com a realização de seis tipos de exames oftalmológicos: acuidade visual, retinografia, autorrefração, tonometria, biomicroscopia (lâmpada de fenda) e refração.
“É um atendimento completo, com equipamentos modernos que garantem assistência, equidade e, principalmente, a realização dos exames no território do cidadão — um grande diferencial”, afirmou Mariana Prado, secretária-adjunta da Semusa.
Os exames são feitos com equipamentos oftalmológicos de alta tecnologia, importados para garantir diagnósticos precisos. Indígenas que necessitarem de óculos receberão gratuitamente o item.
Evaldo Karitiana, cacique da Comunidade Central Karitiana, destaca a importância da ação
Segundo Nilson Grimm, coordenador-geral do projeto Aldeia em Foco, Rondônia é o 12º estado a receber a ação nos últimos dois anos. “Nosso objetivo é melhorar a qualidade de vida ocular dessas populações. Já visitamos mais de 100 aldeias neste período”, destacou.
A iniciativa foi bem recebida pelas lideranças locais. “É a primeira vez que algo assim acontece aqui na Aldeia Central. Para nós, cuidar da visão, especialmente dos idosos, é muito importante”, comentou Evaldo Karitiana.
Maria Rosa Karitiana, cacica da Comunidade Bom Samaritano, ressaltou a relevância da presença dos médicos: “Ir até a cidade é muito difícil. Quando os médicos vêm até nós, a situação melhora muito. Precisávamos disso, e receber os óculos será uma grande ajuda.”
Cacica Maria Rosa Karitiana, da Comunidade Bom Samaritano
O jovem indígena Paulo Karitiana também comentou sobre a importância do serviço: “Já tenho dificuldade para enxergar e mal consigo estudar. Essa ação veio em ótima hora.”
A iniciativa reafirma o compromisso da administração municipal com a saúde integral dos povos indígenas e com o fortalecimento de políticas públicas inclusivas e acessíveis.
Além das comunidades indígenas, o atendimento oftalmológico se estenderá às populações ribeirinhas nas próximas fases da ação.
Confira o cronograma:
23/06 – Comunidade Bom Samaritano
24/06 – Comunidade Indígena Beijarama
25/06 – Demarcação
26 e 27/06 – Calama
30/06 e 01/07 – Distrito de Nazaré
2/07 – Distrito de São Carlos
3 e 4/07 – Boca do Jamari
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