O pacto entre Brasil e China propõe a construção de uma ferrovia que conectará os oceanos Atlântico e Pacífico, diminuindo o tempo e os custos de transporte de mercadorias para os países asiáticos. O governo do Presidente Lula, em colaboração com a administração de Xi Jinping, apresentou o projeto como uma grande iniciativa.
O acordo, firmado durante a cúpula dos BRICS nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, estabelece que a China realizará estudos sobre a viabilidade da construção deste projeto de grande escala.
A ferrovia começará em Ilhéus, na Bahia, e terminará em Chancay, no Peru. Durante o percurso, passará pelos estados da Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Rondônia (incluindo Porto Velho) e Rio Branco, no Acre, antes de chegar ao oceano em território peruano.

O memorando de intenções, assinado entre a Infra S.A. (vinculada ao governo brasileiro pelo Ministério dos Transportes) e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Econômico China Railway, visa estudar o aproveitamento de partes das ferrovias já existentes no Brasil.

Pesquisas indicam o potencial de reativar percursos ferroviários existentes, incluindo a ferrovia Madeira-Mamoré. No entanto, a viabilidade de cada segmento ainda deve ser analisada. O investimento total ainda não foi revelado. Especialistas estimam que a nova ferrovia encurtará o tempo de transporte de 40 para 28 dias, atualmente necessário para a movimentação de mercadorias entre os dois países.
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