O primeiro-ministro do Peru, Ernesto Álvarez, anunciou que o governo declarará estado de emergência na capital, Lima, devido ao aumento da criminalidade. Essa decisão foi tomada após manifestações recentes, que resultaram em um morto e centenas de feridos, em protesto contra a insegurança.
Álvarez, que também preside o Conselho de Ministros, enfatizou que a declaração de emergência não será apenas simbólica, mas virá acompanhada de um conjunto abrangente de medidas.
Restrições e apoio militar
Com o estado de emergência em vigor, as Forças Armadas poderão ser acionadas para auxiliar a polícia na recuperação do controle territorial e na luta contra o crime organizado. Além disso, direitos fundamentais como a liberdade de reunião e de locomoção poderão ser restritos.
O primeiro-ministro destacou que o presidente interino, José Jerí, orientou o Executivo a elaborar o pacote de medidas com urgência e não descartou a possibilidade de um toque de recolher na região metropolitana de Lima, que abriga 10 milhões de habitantes.
Manifestações e morte do rapper
Esse anúncio do governo ocorre um dia após confrontos em manifestações organizadas por jovens, que resultaram na morte de pelo menos uma pessoa e mais de 100 feridos em diversas cidades peruanas.
A vítima em Lima foi o rapper Eduardo Ruiz, de 32 anos, conhecido como Trvko, que foi baleado por um policial atuando por conta própria. O agente será expulso da corporação.
As autoridades relataram que 84 policiais, 29 manifestantes e 10 jornalistas ficaram feridos em várias localidades do país. Os manifestantes estavam protestando contra a corrupção e a crescente insegurança, além de contestar a legitimidade de José Jerí como chefe de Estado interino após a destituição da presidente Dina Boluarte na semana passada. Jerí, no entanto, afirmou que não pretende renunciar.

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