A política em Rondônia se aproxima de um dos dias mais tensos e reveladores de sua história recente, e a data escolhida é emblemática: sexta-feira 13, associada à má sorte e eventos desfavoráveis. Essa data serve como palco para o empresário Junior Gonçalves, ex-chefe da Casa Civil e próximo do governador Marcos Rocha, que decidirá confrontar o que ele considera um linchamento moral orquestrado a partir do Centro Político Administrativo (CPA).
No vídeo divulgado nesta quarta-feira (11), Gonçalves anunciou uma coletiva de imprensa para “revelar tudo” sobre os bastidores do governo de Rondônia, do qual foi parte por mais de seis anos. Ele promete não poupar críticas, alegando que o governador, que busca uma vaga no Senado e trabalha para eleger sua esposa à Câmara Federal ou ao Tribunal de Contas, lidera uma verdadeira campanha de destruição da sua reputação.
Acusações infundadas, ataques coordenados e a ira de quem possui informações valiosas
Nas redes sociais, Junior Gonçalves foi rotulado de “ladrão” e acusado de desvio de R$ 150 milhões, sem que até agora tenham sido apresentadas provas concretas. Ele alega ser alvo de uma campanha sórdida repleta de ódio político e receio do que pode revelar.
Informações provenientes dos bastidores da política em Rondônia indicam que uma operação da Polícia Civil pode estar sendo articulada para prendê-lo antes da coletiva, configurando um claro intento de silenciamento. Se isso ocorrer, as repercussões para Rocha podem ser irreversíveis, evidenciando que o governador estaria utilizando a máquina pública para perseguir um ex-aliado que detém informações comprometedoras.
Um governo que prejudica seus próprios aliados
Junior Gonçalves carrega ressentimentos profundos. Não se tratou apenas de uma demissão; ele foi publicamente desonrado e atacado por perfis falsos, exposto e abandonado, tudo com a conivência velada de Marcos Rocha, que não interveio para impedir os ataques.
Essa conduta não é nova. No CPA, circula a informação de que Rocha “frita” seus aliados até a exaustão antes de descartá-los sem compaixão. Por trás de sua imagem amena e discurso religioso, está um político que, segundo ex-auxiliares, se aproveita da máquina pública para interesses pessoais: viagens internacionais frequentes, diárias exorbitantes, nepotismo e promessas de campanha não cumpridas, como a construção do Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia, promessa central durante várias eleições.
Enquanto isso, pacientes sofrem nas filas do Hospital João Paulo II e o governador permanece indiferente. Além disso, durante um toque de recolher imposto por facções criminosas em Porto Velho, Rocha estava viajando pelo Nordeste, retornando apenas após a crise ser controlada por outros, ganhando a reputação de covarde.
Ainda não houve quem chamasse Marcos Rocha de “ladrão”, mas essa situação pode mudar na próxima sexta-feira 13. Junior Gonçalves, possuidor de segredos do governo e da família Rocha, parece decidido a abalar a confiança no governador.
O simples fato de ter agendado a coletiva com antecedência pode ser visto como um desafio estratégico: um ultimato para que Rocha cesse os ataques velados ou enfrente as consequências de uma implosão política significativa.
Se Junior falou, poderemos testemunhar o início do fim de uma era. Se for preso antes, o governo será ainda mais rotulado como autoritário e persecutório.
Independentemente do que acontecer, a sexta-feira 13 promete cumprir sua reputação. Em Rondônia, o cabaré já arde em chamas, e essa conflagração tende a aumentar.
Leave a Comment