Além de equipamentos, os fiscais do instituto e suas instituições parceiras apreenderam armamentos e munições.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em conjunto com o 5º BPM de Rondônia, Batalhão de Polícia de Choque, Exército Brasileiro, Ibama e Polícia Federal, realizou entre 25 de março e 30 de abril a segunda fase da Operação Dominância, visando combater o garimpo ilegal, o desmatamento e a invasão de unidades de conservação federais, como as Florestas Nacionais do Bom Futuro e Jamari e o Parque Nacional Mapinguari.
Durante a operação, foram apreendidos bens avaliados em mais de R$ 2,8 milhões, utilizados para crimes ambientais. Essa apreensão incluiu duas escavadeiras hidráulicas, três tratores, um caminhão, 17 motocicletas, 52 máquinas de pequeno e médio porte para mineração ilegal, sete motosserras, 15 mil litros de combustível e cinco antenas Starlink, usadas pelos infratores para comunicação na floresta. Também foram desmobilizados 83 acampamentos irregulares que infringiam as normas das unidades de conservação.
Foram aplicadas multas totalizando R$ 453.517, direcionadas a responsáveis por crimes ambientais, relacionados à extração ilegal de ouro e cassiterita, ao descarte irregular de agrotóxicos e ao desmatamento severo, além da degradação florestal por corte seletivo para exploração irregular de madeira.
As ações dos agentes do ICMBio envolveu incursões terrestres, aéreas e fluviais, onde foram identificadas diversas infrações ambientais. Algumas das pessoas responsáveis foram identificadas e receberam as sanções administrativas de acordo com a legislação ambiental vigente. Os autos de infração foram comunicados ao Ministério Público Federal para as necessárias providências criminais.
Os crimes detectados durante a operação geraram pelo menos 25 ocorrências, resultando em 11 autos de infração. Também foram apreendidas 12 armas de fogo de diferentes calibres, além de mais de 300 munições não disparadas. Entre os materiais apreendidos, havia ainda uma pepita de 2g de ouro e 785g de mercúrio.
Considerando as duas fases da Operação Dominância desde janeiro de 2025, o ICMBio e suas instituições parceiras já causaram prejuízos superiores a R$ 7,2 milhões ao crime ambiental organizado na região.
Tatiane Leite, gerente regional do ICMBio para a Amazônia, destaca que a reestruturação das atividades fiscais tem gerado uma presença institucional mais significativa nas áreas protegidas. “O ICMBio adotou estratégias de fiscalização mais eficazes, resultando em uma diminuição dos recursos dos infratores que praticam crimes ambientais nessas unidades de conservação. A destruição dos equipamentos utilizados em ilícitos ambientais está prevista no artigo 111 do Decreto 6514/08 e pode ser aplicada quando a segurança dos agentes públicos está em risco, como foi o caso aqui. A colaboração das forças de segurança tem sido essencial para combater essas práticas ilegais nas nossas florestas e parques nacionais.”
A Operação Dominância, que está programada para se estender por todo o ano, recebe este nome devido ao objetivo de reforçar a presença do Estado nas áreas sob jurisdição federal por meio da integração das instituições envolvidas.
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