A política é marcada mais pela retórica do que pela ação concreta. Aqueles que atuam nesse campo frequentemente aproveitam qualquer oportunidade para discursar, mesmo que pouco tenham a oferecer. Ao falar, e ao simular ações, muitos conseguem enganar os eleitores. A realidade política em Rondônia, como em muitos outros lugares do Brasil, está repleta de indivíduos que se elegem e reelegem, em grande parte, enganando a população sobre o que poderiam fazer de efetivo e produtivo. Muitas vezes, isso ocorre devido a acordos feitos antes das eleições, que favorecem diversos grupos de interesses.
O caso da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia parece se inscrever nesse cenário. Vários líderes tiveram a chance de reerguer a empresa, evitando que chegasse à insolvência e prejudicasse milhares de consumidores, mas preferiram procrastinar. Com a chegada do verão, a escassez de água se torna um problema recorrente, que poderia ter sido mitigado com um verdadeiro comprometimento político.
É importante ressaltar que no próximo ano haverá eleições, e a promessa de garantir água potável em Porto Velho estará nos discursos dos candidatos ao governo de Rondônia. No entanto, é difícil acreditar nessas promessas, dado o histórico eleitoral. Enquanto isso, os moradores de diversos bairros continuarão a enfrentar a falta de água. Eles reclamarão, assim como fizeram no verão passado, mas é improvável que suas vozes sejam ouvidas nas esferas governamentais, assim como não foram até agora. Infelizmente, é mais fácil atribuir a culpa às forças da natureza do que assumir a responsabilidade e tomar medidas efetivas para resolver a questão da escassez de água, um problema que persiste há mais de duas décadas.
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