O setor fotovoltaico em Rondônia tem demonstrado um crescimento significativo nos últimos anos, impulsionado por diversos fatores. Entre eles, destacam-se os avanços tecnológicos, o aumento das tarifas de energia hídrica, a excelente disponibilidade de recurso solar, uma maior conscientização ambiental e, principalmente, a regulamentação da Lei 14.300/2022, que estabelece o marco legal da micro e minigeração de energia no Brasil.
No estado, a energia solar vem conquistando cada vez mais adeptos, especialmente na zona rural, onde pequenos empresários buscam maior autonomia energética. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Rondônia ocupa a 18ª posição no ranking nacional de potência instalada, com 499,7 megawatts (MW), superando cinco estados da região Norte.
Além disso, uma pesquisa realizada pelo indicador Radar Solfácil apontou que, no segundo trimestre de 2025, Rondônia será o estado com os menores custos para adoção de energia solar, com um preço médio de R$ 2,30 por watt-pico (WP), enquanto a média nacional é de R$ 2,66 por WP.
O servidor público Marcos dos Santos optou pela energia solar em sua residência e, ao calcular os custos da energia hídrica em comparação com a instalação de um sistema solar, constatou um retorno mensal de 4% sobre o investimento, já que sua conta de energia caiu de R$ 600,00 para R$ 150,00.
“Eu uso e recomendo para todos, todo mundo deveria investir em energia solar porque é excelente, gera economia e é benéfico para o meio ambiente. Acredito que esse é o futuro”, afirmou Marcos.
A principal matriz energética do futuro
A energia solar fotovoltaica já representa 19,8% da Matriz Elétrica Brasileira, ficando atrás apenas da energia hídrica (46,4%), conforme dados de setembro de 2024 da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Além disso, o setor gerou mais de 1,4 milhão de novos empregos no Brasil na última década, contribuindo para movimentar a economia.
Marcelo Renê, diretor-geral da empresa Energy Libra, destaca que, embora a energia solar não substitua completamente outras fontes de energia, ela será predominante em muitas aplicações, especialmente pela sua versatilidade e capacidade de geração.
“A energia solar é abundante, ilimitada, escalável, limpa e acessível. Com os avanços nas tecnologias de armazenamento e a modernização da legislação, veremos uma grande expansão da geração de energia distribuída”, ressaltou Marcelo.
Incentivos fiscais
Para promover a adoção dessa fonte de energia no Brasil, foram instaurados incentivos fiscais que tornam a instalação mais viável e atraente. Um exemplo é o Marco Legal de Geração Distribuída, implementado pela Lei 14.300 de 6 de janeiro de 2022.
Além disso, o acesso a financiamento por meio de linhas de crédito específicas de alguns bancos tradicionais e o apoio de cooperativas de crédito também são fatores que facilitaram a adesão à energia solar, principalmente para pequenos e médios agricultores em áreas rurais.
“A umidade e o calor intenso, comuns na região norte, não impactam significativamente a eficiência dos módulos, especialmente quando se opta por equipamentos de qualidade. Ademais, a geografia da região, com terrenos amplos e telhados expostos ao sol, favorece a instalação de sistemas, tanto em zonas urbanas quanto rurais”, acrescentou Marcelo Renê.
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