Movimentos Sociais de Rondônia ignoram 1º de Maio

Movimentos Sociais de Rondônia ignoram 1º de Maio

No dia 1º de maio de 2025, Dia do Trabalhador, não houve eventos públicos nem manifestações organizadas por movimentos sociais em Rondônia.

Ao contrário de outras cidades brasileiras, em Porto Velho e em outros municípios de Rondônia, não foi anunciada nenhuma programação oficial.

O PAINEL POLÍTICO fez uma pesquisa em plataformas de comunicação de organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Partido dos Trabalhadores (PT), e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagro), entre outras, mas não encontrou convites para atos públicos.

A CUT, por exemplo, se limitou a postagens simbólicas em suas redes sociais, sem promover eventos locais. A FETAGRO focou em agendas internas, como assembleias para eleição de delegados ao IX CONFETAGRO, sem organizar atos públicos. O PT estadual se destacou por comunicados institucionais, sem ações de rua. Embora ativo em outras regiões, o MST não realizou mobilizações em Rondônia. O MAB também não promoveu eventos no estado, apesar de sua atuação em outras áreas.

Os trabalhadores de Rondônia enfrentam sérios problemas que frequentemente passam despercebidos: na saúde, há hospitais em condições precárias, jornadas excessivas, baixa valorização salarial e falta de profissionais.

A situação é semelhante na educação, com escolas em deterioração, e na segurança pública, com salários injustos. Pequenos agricultores e trabalhadores rurais demandam incentivos, fomento, regularização fundiária e um ambiente pacífico devido à crescente violência. Muitos operários permanecem esquecidos.

Embora existam várias reivindicações, os movimentos de esquerda parecem não levar essas questões para as ruas, distanciando-se ainda mais da sociedade.

Essa falta de mobilizações pode prejudicar internamente essas organizações e afetar o cenário político da esquerda nas próximas eleições.

A ausência de mobilizações é prejudicial até mesmo para o presidente Lula (PT), que havia planejado uma visita ao estado, mas cancelou devido ao velório do Papa Francisco, embora deva retomar sua agenda de inaugurações.

Sem mobilizações, não há engajamento nem destaque.