Wanilde Nunes Arantes, registrada na Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia sob o número 45 desde 1980, é admirada por sua trajetória de pioneirismo e determinação. Como uma das primeiras mulheres a atuar na Ordem, ocupou posições como tesoureira da Subseção de Ariquemes e membro do Tribunal de Ética e Disciplina.
Em 2023, ao completar 71 anos e mais de 43 anos de dedicação à advocacia, ela foi agraciada com o certificado de jubilamento, deixando uma marca indelével de compromisso com a justiça em Rondônia. Natural de Porto Velho, Wanilde foi influenciada desde a infância por um forte senso de justiça transmitido pelo pai, Ramiro de Figueiredo Nunes — soldado da borracha e ex-integrante da Guarda Territorial.
“Meu pai, pernambucano, era um homem muito justo e honesto. Aquilo me incentivou”, relembra.
Mesmo com uma formação inicial em Educação, Wanilde seguiu sua verdadeira vocação pela justiça. Em sua família, prevaleciam as profissões de professores, policiais e médicos, mas ela encontrou seu caminho na advocacia, que agora motiva até seu neto a seguir seus passos na área do Direito.
“Eu sou uma pessoa com ideias de justiça, e isso é de mim. Estou com 73 anos e guardo uma advogada dentro de mim até hoje”, afirma com convicção.
Wanilde compartilha com carinho a recente visita da juíza Inês Moreira, com quem trabalhou na Vara de Família. O reencontro, mesmo após anos de aposentadoria, ressuscitou a força que sempre a caracterizou.
“O marido de Inês comentou: ‘Você parece que não envelhece’, ao que respondi: ‘Você vê uma pessoa idosa, mas ainda incisiva. Eu sei dos meus direitos e respeito os direitos dos outros.’
Aposentada há uma década, ela ainda observa a dinâmica atual do sistema de justiça no Brasil.
“Na época em que me formei, havia uma Constituição que era respeitada. O meu senso de justiça continua presente.”
Enquanto defensora pública, Wanilde era admirada por seus colegas e viu no convite de Alex Sarkis uma chance de implementar mudanças significativas na Ordem.
“Ele me convidou para montar uma chapa quando ninguém se interessava. A situação estava estagnada há anos. Eu respondi: vamos revolucionar.”
A colaboração entre eles foi adornada por confiança, respeito e amizade. A combinação de suas ideias e esforços gerou resultados positivos, e Wanilde sente orgulho de ter contribuído para esse processo de renovação.
“Alex sempre foi muito perspicaz e aberto ao diálogo; ele me ouvia com atenção. Hoje, ele deseja que eu retorne à ativa, mas eu digo: ‘Deixa eu em paz. Estou com 73 anos e quero tranquilidade’”, ri Wanilde.
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Wanilde é reconhecida como uma mulher visionária, forte e sensível. Para ela, a advocacia é algo que faz parte de sua essência — “advogada de alma”.
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