O governo de Rondônia reitera o alerta aos produtores rurais sobre os perigos de adquirir sementes adulteradas, especialmente aquelas destinadas à formação de pastagens. Essa preocupação se intensificou após a Justiça de Santa Catarina confirmar a condenação de um empresário local por comercializar sementes de aveia com especificações irregulares.
A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) aconselha que os produtores busquem orientação técnica antes de adquirir sementes e evitem fazer compras fora dos canais regulamentados.
A utilização de sementes certificadas e com alto nível de pureza pode prevenir prejuízos significativos na produtividade e nos investimentos dos pecuaristas.
O presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, destacou que a atuação contínua da agência em estabelecimentos que comercializam produtos agrícolas tem sido crucial para diminuir a presença de lotes com alto teor de impurezas no mercado. “Nosso trabalho tem sido incisivo. Recomendamos que os produtores priorizem lotes registrados no Sistema Nacional de Sementes e Mudas (SNSM), o que assegura maior confiança quanto à origem e qualidade do produto”, declarou.
AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO
Dados da Idaron indicam que, em 2021, a taxa de reprovação de sementes fiscalizadas no estado chegou a 80%. “Em certas situações, de cada 100 quilos adquiridos, apenas 8 quilos demonstravam capacidade de germinação”, informou Jessé de Oliveira, gerente de defesa vegetal da Idaron.
Segundo Oliveira, a intensificação das ações de fiscalização desde então resultou em melhorias significativas. Em 2024, o índice de impurezas nos lotes fiscalizados caiu para 35%. “Temos observado uma tendência de aprimoramento no setor. Lotes irregulares — que apresentam terra, sementes de outras espécies e ervas daninhas — estão sendo gradualmente removidos do mercado”, concluiu.
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