Na terça-feira (27), a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) organizou o 7º Fórum Rondoniense para a Manutenção da Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação em Ji-Paraná, dentro da programação da 12ª Rondônia Rural Show Internacional (RRSI). O evento reuniu produtores rurais, autoridades políticas e representantes de entidades públicas e privadas do agronegócio, com o intuito de fortalecer a defesa sanitária no estado.
Este Fórum atende às diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e visa alinhar estratégias de biosseguridade, promovendo a colaboração entre governo, instituições técnicas e o setor produtivo para manter o status sanitário de Rondônia, conquistado com esforço conjunto. Atualmente, o estado é reconhecido como uma zona livre de febre aftosa sem vacinação.
O governador Marcos Rocha destacou a importância dos produtores e classificou a iniciativa da Idaron como estratégica: “A suspensão da vacinação contra a febre aftosa representa um marco que abriu oportunidades no mercado externo, consolidando a agropecuária como pilar da economia regional.”
VIGILÂNCIA E BIOSSEGURIDADE
Julio Cesar Rocha Peres, presidente da Idaron, enfatizou a relevância do evento para o Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA). “O Fórum é feito anualmente para estabelecer uma conexão contínua com os produtores e fortalecer as iniciativas de vigilância e biosseguridade. Este é um trabalho contínuo de responsabilidade compartilhada,” ressaltou.
Hélio Dias, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon), lembrou que o Fórum foi criado para engajar os produtores na prevenção da doença. Sérgio de Souza Ferreira, presidente do Fundo de Erradicação da Febre Aftosa (Fefa), sublinhou a importância do esforço colaborativo como fundamento do sucesso sanitário da pecuária em Rondônia.
João Carlos Aranha, representante do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em Rondônia, reiterou a necessidade de manter o Fórum ativo e mencionou um pleito em andamento na OMSA, em Paris, que pode garantir o reconhecimento internacional do Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação.
INTEGRAÇÃO E RESULTADOS
Luiz Paulo, secretário de Estado da Agricultura (Seagri), destacou a importância da integração entre Seagri, Emater-RO e Idaron e os impactos positivos na balança comercial. Ele afirmou que as exportações de carne bovina aumentaram de US$ 900 milhões em 2023 para US$ 1 bilhão em 2024, com o estado já exportando US$ 300 milhões no primeiro trimestre de 2025. “Este sucesso reflete a qualidade de nossa carne e o trabalho exemplar dos servidores da Idaron,” afirmou.
O vice-governador e secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Sérgio Gonçalves, convocou os produtores a permanecerem vigilantes e colaborarem nas ações preventivas contra doenças que possam afetar o rebanho estadual.
SOBRE O FÓRUM
Durante o evento, foi criada a Associação dos Produtores Rurais de Rondônia (Apron), que visa unir o setor produtivo e fortalecer a parceria entre pecuaristas e o Serviço Veterinário Oficial (SVO).
A palestra principal do Fórum foi ministrada pelo médico-veterinário Gabriel Torres, do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), que apresentou uma visão histórica da febre aftosa, destacando os principais marcos na erradicação da doença no Brasil e nas Américas.
Para encerrar, a diretoria da Idaron entregou 10 antenas para acesso à internet, que apoiarão as equipes técnicas em áreas remotas do estado. Além disso, foi assinada a ordem de serviço para a construção de novas unidades da Idaron em Jaru e Cacoal, bem como a reforma e ampliação da unidade de Cabixi, com investimentos que, somados aos já aplicados na gestão atual, ultrapassam R$ 130 milhões.
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