A intensificação das políticas de imigração nos Estados Unidos tem impactado a comunidade brasileira. Recentemente, Adewalter Machesky, popularmente conhecido como “Cowboy de Rondônia”, foi preso por agentes do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega) em uma fazenda em Framingham, Massachusetts.
Natural de Ouro Preto do Oeste (RO), Adewalter tem vivido nos EUA por mais de dez anos, ganhando notoriedade entre os brasileiros como agricultor e por sua atuação em eventos sertanejos, onde se destaca como berranteiro e locutor. Ele também lançou três DVDs e dois CDs.
A prisão ocorreu no último mês, no Dia dos Pais nos EUA (15 de junho), enquanto Adewalter voltava do trabalho no campo. Segundo sua esposa, Marineuza Majesky, ele foi abordado e detido devido à sua situação migratória irregular. A Justiça americana permitiu sua liberação mediante o pagamento de fiança de US$ 20 mil, mas o Departamento de Segurança Interna contestou, solicitando uma nova análise do caso. A decisão sobre a fiança deve ser divulgada nos próximos 30 dias.
Marineuza e a filha de 15 anos continuam administrando a fazenda arrendada, onde cultivam milho, jiló e outros vegetais para a comunidade brasileira. Elas aguardam o resultado do processo para que o “Cowboy de Rondônia” possa voltar às suas atividades.
A defesa de Adewalter, liderada pelo advogado Adam Elman, argumenta que ele se encaixa nos critérios do processo conhecido como Cancellation of Removal, que pode garantir a residência legal permanente. O advogado afirma que sua longa permanência no país e o fato de ter filhos norte-americanos são fatores que favorecem sua regularização migratória.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que está acompanhando o caso e está disponível para prestar assistência consular à família. Boatos sobre uma possível acusação de maus-tratos a animais foram negados por Marineuza, que esclareceu que o caso foi arquivado pela Justiça americana após a retractação da denunciante.
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