O nascimento de uma bezerra com duas cabeças, quatro patas e rabo bipartido chamou a atenção no interior de Rondônia. O evento ocorreu em uma zona rural de São Miguel do Guaporé e pode ser classificado como uma anomalia congênita, resultante de uma má-formação fetal. Infelizmente, o filhote não sobreviveu durante a gestação.
O veterinário e pecuarista Lucas Thaler testemunhou o parto, que foi classificado como distócico, caracterizado por dificuldades em seu desenrolar. “A vaca estava com os membros posteriores esticados, necessitando de intervenção humana. Com a ajuda de mais dois homens, conseguimos puxar a bezerra parcialmente”, relatou.
Lucas acredita que a anomalia ocorreu durante a divisão embrionária, que não foi completada. “Estava em formação um casal de gêmeos univitelinos. O embrião se divide para formar dois indivíduos idênticos, gerados na mesma placenta, mas essa divisão não se completou”, explicou.
O parto aconteceu na manhã de sexta-feira (25/4), embora a vaca tenha apresentado dificuldades desde a madrugada. “É incomum no Brasil que uma bezerra assim sobrevida; uma semana depois, ela veio a falecer”, destacou.
Saúde da vaca
De acordo com o pecuarista e veterinário, a vaca se encontra bem e, se necessário, receberá antibióticos e anti-inflamatórios para alívio da dor. Ele ressaltou que partos distócicos exigem cuidado extra, embora sejam frequentes. O que diferencia este caso foi a anomalia congênita do animal.
“A lição que fica é que todo parto deve ser tratado com cautela, monitorando a vaca de perto. Um parto distócico pode ocorrer, e a falta de intervenção pode resultar na perda do bezerro”, alertou Lucas.
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