Em Rondônia, crime avança sobre ISPs, que ameaçam paralisação

Câmera de Segurança flagra momento de ataque de facção criminosa a loja de provedor em Rondônia

Provedores de Internet em Rondônia enfrentam ameaças violentas de facções criminosas, com risco de paralisia nas operações por 48 horas para atrair atenção das autoridades. Um provedor afirmou: “Estamos vivendo uma situação de terrorismo, sem perspectiva de ajuda concreta da polícia”.

Na noite de 30 de setembro, cinco provedores foram atacados em Cabixi, Cerejeiras, Colorado, Guarajá-Mirim e Nova Mamoré. Os criminosos utilizam um padrão: começam com ligações ameaçadoras para os líderes empresariais, exigindo uma “taxa” de 50% do faturamento.

A primeira onda de ameaças foi registrada em março e tem aumentado, culminando nos recentes ataques.

Um dos dirigentes, cuja identidade está sendo preservada por segurança, disse: “Eles sabem onde moramos e onde estão nossos equipamentos. Alguns locais foram pichados com ameaças. É desesperador. Ninguém irá pagar 50%, isso inviabiliza o negócio, e a polícia diz que não pode fazer nada”.

Conforme relatos, reuniões foram realizadas com autoridades policiais locais e estaduais, mas os oficiais dizem não saber como proceder.

Alguns provedores estão considerando contratar segurança armada para proteger suas instalações. “Mas isso não pode ser uma solução permanente; precisamos de uma resposta definitiva, pois nossos funcionários estão com medo”, ressalta o dirigente.

Funcionários de várias empresas estão organizando uma paralisação de 48 horas para destacar a gravidade da situação. “Não queremos chegar a esse ponto, pois serviços essenciais são prestados, mas a constante ameaça é insustentável”.

As facções criminosas estão se expandindo para pequenos provedores em estados vizinhos como Mato Grosso, Acre e Amazonas. “Não queremos que o que ocorreu em outros estados aconteça aqui, onde o crime domina as operações”.