Durante seu pronunciamento no Plenário nesta quinta-feira (3), o senador Marcos Rogério (PL-RO) expressou sua preocupação em relação ao modelo de concessão da BR-364, que liga Vilhena a Porto Velho, em Rondônia. Ele ressaltou que a proposta contempla poucas intervenções e inclui um dos pedágios mais altos do Brasil.
O senador apontou que a concessão prevê sete praças de pedágio e apenas cerca de 100 quilômetros de duplicação da rodovia, que, de acordo com ele, já sofre com frequentes congestionamentos em função do elevado tráfego de veículos pesados.
— Há pouco mais de 100 km de duplicação, e a rodovia se encontra estrangulada com o intenso fluxo de carretas e veículos. A quantidade de obras que trará uma melhoria significativa para os usuários é baixa, e, como resultado desse modelo, os motoristas enfrentarão tarifas de pedágio exorbitantes. Por exemplo, uma carreta que entra em Rondônia para transportar grãos, soja, milho ou outros produtos ao porto de Porto Velho, pagará cerca de R$ 1.700 em pedágios, considerando o custo mais elevado. Além disso, veículos de pequeno porte também sentirão o impacto das tarifas — comentou.
Marcos Rogério defendeu a necessidade de revisar o modelo e também a promoção de audiências públicas na Comissão de Infraestrutura (CI) para discutir alternativas que possam reduzir os custos para os usuários.
Ele ainda alertou que os altos valores dos pedágios acabarão sendo repassados ao consumidor final, encarecendo produtos como alimentos e medicamentos.
— Iniciaremos um trabalho investigativo nos estados brasileiros. Precisamos avaliar como essa concessão está operando na prática. Estão sendo cumpridos os prazos do contrato? O cronograma de investimentos está sendo seguido? Qual é a qualidade da pavimentação e dos serviços prestados à população? Tenho percebido que parece ser simples para o governo apresentar um modelo, para o Parlamento aprovar, e depois a população arcar com os custos sem receber o investimento adequado. Nossa intenção é realizar esse percurso pelo Brasil, conhecer a realidade das ferrovias, rodovias e hidrovias — afirmou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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