O deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-RO), pré-candidato ao Senado ou ao Governo de Rondônia em 2026, foi um dos parlamentares que votaram a favor de uma moção de louvor ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A moção foi aprovada na Comissão de Relações Exteriores da Câmara e celebra a decisão de Trump de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos exportados do Brasil, supostamente como forma de influenciar o Supremo Tribunal Federal a “melhorar” a situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta acusações, incluindo tentativa de golpe de estado.
A homenagem a Trump, proposta pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), recebeu apoio da bancada bolsonarista e foi aprovada apesar das críticas de especialistas e exportadores, especialmente da Região Norte. A medida, anunciada por Trump, faz parte de sua estratégia para evitar a condenação de Bolsonaro.
Rondônia está entre os estados mais afetados pela nova tarifa. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) indicam que os principais produtos exportados pelo estado incluem carne bovina (fresca, resfriada e congelada), soja, milho, café e madeira. A carne bovina é o principal produto de exportação de Rondônia, seguida pela soja, ambos agora sujeitos a tarifas adicionais para o mercado americano.
O impacto econômico desta medida pode ser severo para Rondônia, que depende fortemente do agronegócio. A aprovação da moção de louvor a Trump, em vez de uma posição contrária à tarifa, gerou surpresa e perplexidade.
Além de Fernando Máximo, outros parlamentares aliados de Bolsonaro também apoiaram a moção. O ocorrido teve uma recepção negativa nas redes sociais, especialmente entre agricultores, exportadores e economistas.
Antecipa-se que esse tema possa ser alvo de discussão nas eleições de 2026, quando Máximo buscará um cargo majoritário, apresentando-se como defensor do agronegócio, mesmo tendo apoiado uma iniciativa que impõe severas restrições ao setor.
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