Bolsonaro empurra e humilha publicamente seu maior puxa-saco em Rondônia, o idoso deputado coronel Chrisóstomo | Tudo Rondônia

No dia 29 de junho, um vídeo circulou amplamente nas redes sociais, mostrando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em mais um ato de hostilidade em relação aos seus aliados. A cena envolve o deputado federal coronel Chrisóstomo (PL-RO), um defensor fervoroso de Bolsonaro no Congresso Nacional. Durante uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, Bolsonaro empurrou o parlamentar, que parecia constrangido enquanto a situação era registrada por apoiadores com câmeras e smartphones.

A ação de Bolsonaro gerou uma forte repercussão nas redes sociais. Muitos a interpretaram como uma humilhação pública, reacendendo críticas sobre a forma como ele trata aqueles que lhe são leais. Chrisóstomo, que passou parte do tempo nos Estados Unidos e se autodenomina “patriota”, é conhecido por sua submissão ao ex-presidente, defendendo-o constantemente em discursos na Câmara e em postagens online.

Este não é o primeiro desaire de Chrisóstomo nas mãos de Bolsonaro. O ex-militar já foi ignorado em eventos oficiais, cortado durante intervenções e excluído de discussões políticas. Apesar das situações constrangedoras, Chrisóstomo continua alinhado ao bolsonarismo, promovendo um discurso radical contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e celebrando a vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA, em contraste com o nacionalismo característico da antiga guarda militar brasileira.

O incidente na Avenida Paulista não apenas revela o desprezo público de Bolsonaro por seus mais devotados seguidores, mas também a fragilidade da bancada federal de Rondônia, repleta de parlamentares que orbitam ao redor de Bolsonaro e se esquivam de qualquer crítica. O empurrão dado em Chrisóstomo, de 66 anos, reforça a imagem de intolerância do ex-presidente, comportamento já observado em relação a outras figuras do bolsonarismo, como o empresário Luciano Hang e seu intérprete de Libras, que também enfrentaram desconsiderações públicas.

A situação humilhante vivida pelo deputado reflete uma crescente contradição: a devoção cega a um líder que frequentemente desrespeita os seus apoiadores mais fervorosos.