Seminário Estadual aborda o ‘Plano Nacional de Educação – Decênio 2024-2034’.
Na tarde desta segunda-feira (07), a Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia organizou um Seminário Estadual para debater o ‘Plano Nacional de Educação – Decênio 2024-2034’. O evento foi promovido pela deputada estadual Yeda Chaves (União Brasil), representando o presidente da casa, deputado Alexis Redano (Republicanos), e pelo deputado federal Maurício Carvalho (União Brasil), presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
A mesa do evento contou também com a presença da diretora geral da Secretaria Estadual de Educação de Rondônia, Irany Oliveira; do vereador Marcos Combate (Agir), presidente da Comissão de Educação da Câmara de Porto Velho; de Leonardo Leocádio, secretário Municipal de Educação de Porto Velho e representante da União dos Dirigentes Municipais de Educação; Jean Campos Peixoto, vice-reitor do Instituto Federal de Rondônia; e Marília Pimentel, reitora da Universidade Federal de Rondônia.
Na abertura dos trabalhos, o deputado federal Maurício Carvalho sublinhou a relevância do diálogo sobre o novo Plano Nacional de Educação. Ele destacou que este é um momento de unidade para enfrentar os desafios do sistema educacional no Brasil.
“O plano inclui 18 objetivos, 58 metas e 252 estratégias, com forte foco na qualidade da educação e na inclusão, visando reduzir desigualdades entre grupos raciais e sociais. A proposta ainda inova ao permitir a revisão das metas a cada cinco anos. Haverá um prazo de um ano para atualizar os planos municipais e estaduais em consonância com o novo planejamento. Este seminário é essencial para que as vozes de Rondônia sejam ouvidas”, afirmou.
Papel da Educação
O presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano, ressaltou a importância preponderante da educação na construção de uma sociedade melhor. Ele citou exemplos históricos de nações que se reergueram após conflitos, alcançando grandeza através de investimentos em educação, como na Coréia do Sul, Japão, Alemanha e Vietnã. “A educação é um investimento que, embora possa tardar a dar frutos, resulta em mudanças duradouras”, disse.
A deputada Ieda Chaves enfatizou que o debate é crucial para o Brasil, pois envolve temas educacionais. “Não faz sentido fixar metas de Brasília para um país continental. É vital que as vozes locais sejam ouvidas e que enfoquemos a valorização dos educadores, que são essenciais para a transformação da educação”, comentou.
A diretora Irany Oliveira elogiou a iniciativa de debater o Plano Nacional de Educação e reiterou a necessidade de atenção aos educadores. “Sem compromisso com investimentos, não avançaremos. Pedimos aos deputados que priorizem a valorização do professor, especialmente em tempos de escassez de profissionais no setor”, pediu.
Saúde Mental dos Educadores
O vereador Marcos Combate abordou a relevância do tema educação e a necessidade de investimentos públicos em projetos educacionais. Ele também destacou a infraestrutura das escolas em Porto Velho, mencionando que alguns alunos ainda enfrentam dificuldades de transporte. “É inaceitável que crianças tenham que ir a cavalo para a escola rural devido à falta de transporte. Também é alarmante que mais de 50% dos professores relatem esgotamento emocional e problemas de saúde mental”, alertou.
Leonardo Leocádio pediu a criação de um painel para monitorar a implementação do Plano Nacional de Educação, ressaltando as dificuldades impostas pelo clima amazônico para a educação em tempo integral.
Ensino Superior
Jean Campos Peixoto ressaltou a importância do evento para discutir a educação nacional e manifestou a disposição do Instituto Federal de Rondônia em colaborar com as instituições de ensino. “A educação deve ser um plano de Estado, não apenas de governo. O PNE desempenha esse papel”, avaliou.
Marília Pimentel expressou sua honra em participar dos debates sobre o PNE e mencionou a necessidade urgente de um financiamento adequado para o ensino superior, enfatizando que a falta de um fundo específico pode comprometer o futuro da educação no Brasil.
Após a fala da reitora, a mesa foi reorganizada para incluir representantes de sindicatos e conselhos educacionais, abrindo espaço para que todos os presentes pudessem expressar suas opiniões e questionamentos sobre o PNE.
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