O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou do lançamento da Frente Parlamentar pela Malária (FPEMA) em Brasília na última terça-feira (17). Essa frente terá um papel crucial em cinco eixos estratégicos para eliminar a malária no Brasil até 2035. De janeiro a abril de 2025, houve um total de aproximadamente 34 mil casos, representando uma queda de 25% em comparação ao mesmo período de 2024, que registrou 45 mil casos. Em Rondônia, a redução foi ainda mais expressiva, de 2.786 para 1.513 casos, uma diminuição de 45,7%.
“A Frente Parlamentar é uma iniciativa inovadora: ativa, comprometida e focada em resultados. Com determinação e inovação, podemos mudar essa realidade e alcançar um marco inédito na saúde pública no Brasil”, destacou o ministro Alexandre Padilha durante o evento.
O apoio da frente ao Ministério da Saúde ocorrerá em duas fases: a primeira abrange a implementação das estratégias em 16 municípios prioritários até 2026. Já a segunda fase, prevista até 2030, ampliará as ações para 32 municípios, contando com oficinas de microplanejamento, capacitação em entomologia e ações integradas de diagnóstico, tratamento e controle vetorial.
“Comprometo-me a realizar duas ações imediatas: avaliar a estratégia atual em colaboração com esta Frente e promover um diálogo direto com os governadores da Amazônia Legal e os prefeitos das cidades mais impactadas”, afirmou Padilha.
Investimento
Nos anos de 2024 e 2025, o Ministério da Saúde alocará mais de R$ 47 milhões para o combate à malária, com foco especial nos municípios prioritários. A malária é uma das doenças abordadas pelo programa Brasil Saudável, que visa eliminar 11 doenças e cinco infecções de transmissão vertical reconhecidas como problemas de saúde pública. Essa iniciativa está em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030 e a estratégia da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para erradicar doenças nas Américas.
Desde a introdução do Plano Nacional de Eliminação da Malária (PNCEM) em 2022, o Brasil tem feito progressos significativos na vigilância, capacitação de lideranças locais e fortalecimento do controle vetorial. Entre as principais estratégias estão a implementação do medicamento tafenoquina — que começou em março de 2024 e terá cobertura nacional até o final de 2026 — o reforço da produção nacional de medicamentos para o tratamento da malária, a ampliação do uso de testes rápidos para diagnóstico e a introdução de inseticidas mais eficazes.
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