União de Bancadas de Rondônia e Acre busca solução urgente e definitiva para ponte de Candeias do Jamari


União de Bancadas de Rondônia e Acre busca solução urgente e definitiva para ponte de Candeias do Jamari
Acre e Rondônia se unem para resolver problema da ponte em Candeias

Na tarde de quarta-feira (20 de maio de 2025), as bancadas federais de Rondônia e Acre se reuniram no Plenário 15 da Câmara dos Deputados, às 16 horas, para abordar a situação crítica da ponte sobre o Rio Candeias, localizada no km 694 da BR-364, em Candeias do Jamari (RO). A estrutura, vital para a conexão entre os dois estados e o transporte de produtos, está interditada, gerando grandes inconvenientes à população. O encontro resultou na programação de uma audiência com o Ministério dos Transportes, agendada para quinta-feira (21), às 10 horas, visando buscar uma reforma definitiva para a ponte.

Participaram da reunião, que foi solicitada pelo presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Alex Redano, os senadores Jaime Bagattoli (PL-RO) e Marcos Rogério (PL-RO), o coordenador da bancada rondoniense, deputado Maurício Carvalho (União-RO), a deputada federal Cristiane Lopes (União-RO), a vice-coordenadora da bancada do Acre, deputada Socorro Neri (PP-AC), o prefeito de Candeias do Jamari, Lindomar Garçon, o subchefe da Casa Civil de Rondônia, Carlos Magno, o diretor de representação da Assembleia Legislativa de Rondônia, Alan Alex, e o deputado estadual Cássio Góis (PSD-RO). A união das bancadas demonstra a gravidade do problema e a necessidade de uma ação conjunta para garantir a segurança e a mobilidade na região.


Bancada Federal de Rondônia e representantes

A ponte sobre o Rio Candeias, na BR-364, é essencial para a integração entre Rondônia e Acre, além de ser crucial para o transporte de cargas e a mobilidade de pessoas, incluindo pacientes que precisam de serviços médicos em Porto Velho. Desde janeiro de 2025, a estrutura está interditada devido a problemas estruturais indicados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A ponte mais antiga no sentido Vilhena-Porto Velho foi totalmente fechada após inspeções que revelaram inclinações e riscos de colapso, enquanto o tráfego foi desviado para a estrutura mais recente, que opera sob sobrecarga e restrições do tipo “Pare e Siga” para mitigar o peso sobre ela.

Os problemas estruturais não são novidade. Um relatório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Rondônia (Crea-RO), divulgado em maio de 2025, alertou sobre um risco iminente de colapso, aumentando a preocupação com a segurança. Em julho de 2024, cidadãos de Candeias do Jamari bloquearam a ponte em protesto, exigindo soluções para danos que comprometem sua estrutura, como rachaduras e inclinações. A manifestação, liderada por Margarete Miranda, revelou o temor de uma “tragédia anunciada”, com consequências diretas no transporte coletivo que afeta cerca de 400 pessoas nas primeiras horas do bloqueio.

A situação se agravou com um acidente fatal em 6 de maio de 2025, onde um motorista de carreta perdeu a vida após colidir com veículos parados perto da ponte, evidenciando os riscos da interdição parcial e da sobrecarga na estrutura remanescente. A BR-364, que cruza diversos rios e igarapés, é vista como vital para o desenvolvimento socioeconômico dos dois estados, mas sua manutenção é desafiadora devido às condições climáticas e ao alto volume de tráfego.

O DNIT está realizando estudos técnicos, incluindo ensaios dinâmicos e uso de tecnologias como ultrassom e scanners estruturais, para avaliar a resistência da ponte. Medidas emergenciais estão sendo implementadas, com a previsão de restabelecimento do tráfego em ambas as pistas da ponte mais nova dentro de 30 dias a partir de julho de 2025, permitindo a continuidade das obras nas duas estruturas. No entanto, a população e as autoridades locais exigem uma solução definitiva que evite interrupções recorrentes e garanta a segurança dos usuários.

A audiência marcada com o Ministério dos Transportes, agendada pelo senador Jaime Bagatolli, será essencial para definir prazos e recursos para a reforma. A presença de representantes dos governos estadual e municipal, além das bancadas federais, reforça o compromisso em adotar uma abordagem integrada para resolver o problema.

A interdição da ponte tem gerado significativos transtornos, incluindo atrasos no transporte de cargas, dificuldades no acesso a serviços essenciais e aumento dos custos logísticos. Moradores de Candeias do Jamari e cidades vizinhas, assim como do Acre, dependem da BR-364 para o escoamento de produtos agrícolas e industriais, além de deslocamentos para atendimentos médicos em Porto Velho. A situação se torna especialmente crítica durante a temporada de chuvas, quando as condições da rodovia se deterioram, aumentando o risco de isolamento das comunidades.

A união das bancadas de Rondônia e Acre demonstra a importância estratégica da ponte e a urgência por ações concretas. A expectativa é que a audiência no Ministério dos Transportes produza um plano claro para a recuperação definitiva da estrutura, atendendo às necessidades da população e assegurando a conectividade entre os estados.

O deputado estadual de Rondônia, Cássio Góis, apontou os sérios problemas de falta de iluminação na entrada de Cacoal. Segundo ele, o DNIT não consegue implementar a iluminação e a prefeitura, por questões de competência, também está impossibilitada, prejudicando os cidadãos. A deputada Cristiane Lopes também ressaltou que a ausência de sinalização na BR-364, em praticamente todos os pontos, é outro problema sério. A deputada Socorro Neri, do Acre, manifestou preocupação com a privatização da BR-364 em Rondônia, que pode encarecer os produtos que chegam a seu estado.

O deputado Maurício Carvalho ressaltou, em sua fala, a importância de unir as bancadas para tratar de problemas comuns aos dois estados.

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