Rondônia está se preparando para lançar um edital para um leilão de concessão de serviços de saneamento avaliado em quase R$ 6 bilhões (US$ 1,07 bilhão) em julho, conforme anunciado por um porta-voz do estado à BNamericas.
A concessão beneficiará cerca de 1,5 milhão de pessoas em 45 dos 52 municípios do estado e está sendo desenvolvida com apoio do BNDES.
O leilão está agendado para o segundo semestre deste ano.
Percy Soares Neto, fundador da consultoria Ikigai e ex-presidente da Abcon (Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto), comentou que “a região Norte apresenta uma densidade populacional muito inferior à de outras partes do país, enfrentando desafios logísticos significativos. As distâncias entre os municípios são extensas, tornando o transporte de equipamentos e materiais para projetos de construção mais complicado”.
Desde a introdução da nova legislação de saneamento em 2020, que demanda cobertura total de água e esgoto até 2033, as autoridades têm buscado oportunidades para parcerias público-privadas (PPPs) e concessões nessa área.
Diante da nova lei, muitos projetos foram propostos, mas a maioria se concentrou em áreas de maior densidade populacional e desenvolvimento socioeconômico, como Sul e Sudeste. Agora, regiões que enfrentam problemas socioeconômicos mais intensos, com riscos elevados para o setor privado, também estão buscando oferecer concessões e PPPs.
Em abril, a Aegea, uma empresa brasileira de saneamento, venceu as concessões para serviços de água no Pará, abrindo espaço para investimentos de R$ 15,2 bilhões.
O governo do estado dividiu os municípios em quatro contratos distintos. No entanto, propostas foram recebidas apenas para três, e a Aegea ganhou todas. O Lote C, que abrangia 27 municípios e previa um investimento de R$ 3,6 bilhões, não recebeu propostas.
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