Por Adenilson Florentino
Publicada em 02/05/2025 às 08h51
Com a meta de promover a sustentabilidade ambiental através de ações de manejo baseadas em critérios científicos, o governo de Rondônia participou, na última terça-feira (29), de uma reunião em Brasília, representado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O evento contou com a presença do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho; do secretário-adjunto da Sedam, Gilmar Oliveira de Souza; da diretora executiva Ana Gabriela Rover Freitas da Cunha; da coordenadora do Manejo do Pirarucu, Chirlaine Varão; do gerente de Pesca e Aquicultura, João Batista Cordeiro; da assessora Thais Azevedo; e da professora dra. Carolina Dória, da Universidade Federal de Rondônia (Unir). Representantes do Poder Legislativo de Rondônia também estiveram presentes.
GESTÃO, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO
Na reunião, foram apresentados estudos sobre o manejo e controle do Pirarucu (Arapaima gigas) em áreas onde a espécie é considerada invasora. O objetivo foi alinhar estratégias de gestão e fiscalização para regulamentar a erradicação do Pirarucu nessas regiões.
A Sedam, em colaboração com a Unir, compartilhou dados que mostram a importância da regulamentação da pesca do Pirarucu, levando o Ibama a elaborar uma portaria que o reconhecerá como espécie exótica nas áreas afetadas.
PRESERVAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS
A professora Carolina Dória destacou os avanços nas pesquisas genéticas da espécie, evidenciando a necessidade de controle em locais onde a introdução do Pirarucu causou desequilíbrios ambientais. A apresentação reforçou a importância de práticas de manejo baseadas em evidências científicas para a preservação dos ecossistemas.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, enfatizou o papel do estado em criar políticas ambientais eficazes. “Estamos desenvolvendo uma agenda ambiental sólida, reconhecida nacionalmente, com investimentos responsáveis que geram resultados concretos para o meio ambiente e para as famílias que dependem da pesca sustentável,” afirmou.
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
A coordenadora do manejo da Sedam, Chirlaine Varão, destacou a importância de divulgar os resultados obtidos. “Mostrar esses dados demonstra a seriedade do nosso trabalho, fortalece parcerias e dá visibilidade a estratégias eficazes. O manejo na Reserva Extrativista do Rio Cautário está se destacando como um modelo nacional no enfrentamento de espécies invasoras,” disse.
Durante a segunda etapa da pesca manejada em 2024, foram capturados 255 peixes.
O secretário-adjunto da Sedam, Gilmar Oliveira de Souza, informou ao presidente do Ibama que a portaria mencionada anteriormente será publicada em 20 a 30 dias. “Essas tratativas representam um grande avanço na legalização do controle da espécie, oferecendo respaldo normativo e garantindo segurança jurídica,” ressaltou.
A diretora executiva reafirmou o comprometimento da gestão com transparência e resultados. “Apresentar nossos dados desde 2022 evidencia o comprometimento da Sedam. Nosso trabalho na Resex do Rio Cautário se tornou uma referência nacional,” afirmou.
Durante a agenda em Brasília, também ocorreu uma reunião no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), onde os resultados dos manejos e estudos coordenados pela professora Carolina Dória foram discutidos. O consenso entre os participantes foi que o Pirarucu é uma espécie invasora que desestabiliza estoques pesqueiros em diversas regiões.
Os dados da Resex foram reconhecidos pelo ICMBio como um exemplo de controle bem-sucedido, destacando o projeto como piloto, com resultados positivos que atestam a eficácia do manejo, posicionando Rondônia como uma referência nacional na luta contra espécies exóticas invasoras.
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