O governo de Rondônia está intensificando as orientações para profissionais da saúde e para a população do estado sobre a importância da vigilância ativa em relação ao risco de reintrodução do sarampo.
Embora não haja casos confirmados de sarampo no estado até agora, a Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa/RO) está tomando precauções diante das possíveis ameaças, com base no panorama nacional e internacional da doença. O alerta é fundamentado nas Notas Técnicas nº 123 e 124/2025 emitidas pelo Ministério da Saúde em março, que confirmam casos no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, além de um aumento significativo de ocorrências em outros países.
Diante dessa situação, o governo de Rondônia, através da Agevisa/RO, reitera as orientações técnicas aos municípios e incentiva o engajamento tanto da população quanto dos profissionais de saúde nas ações preventivas. O sarampo é uma doença grave e altamente contagiosa, mas pode ser totalmente evitada com a vacina.
RONDÔNIA
A Coordenação do Sarampo, da Gerência Técnica de Vigilância Epidemiológica (GTVEP) da Agevisa/RO, esclarece que os casos registrados até o momento são importados. Entretanto, a coordenadora Adalgiza Botelho alerta os profissionais de saúde para manterem uma atenção redobrada frente a qualquer caso suspeito.
“Na semana passada, foram confirmados casos em duas cidades: São Paulo e Porto Alegre. É fundamental que pacientes com febre, erupções avermelhadas na pele (exantema), tosse, coriza ou conjuntivite sejam imediatamente notificados aos sistemas de vigilância municipal e estadual. Essa notificação é crucial para garantir uma resposta rápida”, afirmou a coordenadora.
Além disso, as equipes municipais estão sendo incentivadas a atualizar as cadernetas de vacinação, especialmente das crianças; realizar buscas ativas por pessoas não vacinadas ou com o esquema vacinal incompleto; e, se necessário, implementar medidas de bloqueio vacinal seletivo.
COBERTURA VACINAL
O governo de Rondônia continua mobilizado para assegurar que mais crianças, adolescentes e jovens adultos estejam adequadamente protegidos contra sarampo, caxumba e rubéola. Segundo o Ministério da Saúde, a cobertura nacional da 1ª dose da vacina tríplice viral (D1) chegou a 95% em 2024, mas a 2ª dose (D2) ainda não atinge a meta estipulada, representando um risco potencial para surtos.
CENÁRIO MUNDIAL
O ano de 2024 registrou mais de 334 mil casos de sarampo em todo o mundo, com surtos ativos em países da América, como os Estados Unidos, Canadá e Argentina. No Brasil, até a 9ª semana epidemiológica de 2025, foram registradas 149 notificações suspeitas, das quais três foram confirmadas.
O diretor-geral da Agevisa/RO, Gilvander Gregório de Lima, destacou que, “embora o país tenha recuperado, em novembro de 2024, o status de eliminação do sarampo concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o risco de reintrodução ainda é real, especialmente devido ao fluxo internacional de pessoas e à presença de comunidades com cobertura vacinal insuficiente.”
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