
A proposta de terceirização da gestão das unidades de saúde públicas em Rondônia, que incluía o Hospital João Paulo II, foi suspensa nesta quarta-feira (16) após um alerta do deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB). O contrato emergencial, previsto para custar até R$ 500 milhões ao ano, estava gerando forte resistência entre os servidores da saúde e levantava dúvidas sobre sua legalidade e viabilidade.
No dia anterior, Marcelo Cruz fez um pedido formal para que o processo fosse interrompido, enfatizando que a terceirização da saúde pública necessita de um amplo debate com os profissionais do setor. “É crucial ouvir quem está na linha de frente para assegurar que a saúde pública não sofra danos,” defendeu o parlamentar.
Atendendo ao pedido, o governador Coronel Marcos Rocha ordenou a suspensão do contrato. Em uma declaração nas redes sociais, Marcelo Cruz expressou sua gratidão pela decisão do governador, enquanto alertava sobre os riscos associados à medida. “Levantei essa preocupação com base em questões que considero extremamente sérias: possível emergência fictícia, falta de planejamento e estudos técnicos, ameaça à competitividade, além de insegurança jurídica e orçamentária.”
Em meio à polêmica, a Controladoria Geral do Estado iniciou um procedimento interno para investigar as circunstâncias da contratação e decidiu suspender o contrato imediatamente até a conclusão das apurações.
A proposta de terceirização vinha sendo alvo de críticas de entidades e trabalhadores da saúde, que temiam uma deterioração na qualidade do atendimento e a desvalorização dos profissionais da rede pública. Com a suspensão, o debate sobre o futuro da saúde em Rondônia promete novas discussões, agora sob a supervisão dos órgãos de controle e com maior envolvimento da sociedade civil.
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