Vigilância contra doenças suínas mantém status sanitário livre de Peste Suína Clássica em Rondônia

A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) está conduzindo as atividades do ciclo 2025 do Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos (PIVDS). Essas ações, que começaram em fevereiro e se estenderão até junho deste ano, incluem visitas a 130 propriedades rurais em diversos municípios do estado, com o intuito de manter o status sanitário da suinocultura local.

O cronograma envolve vigilância sorológica em 64 propriedades e vigilância clínica ativa em 66. Essas atividades são realizadas por funcionários da Idaron alocados nas 84 unidades espalhadas por todo o estado.

“Essas iniciativas são essenciais para preservar a saúde do nosso rebanho suíno e promover o desenvolvimento da cadeia produtiva da suinocultura em Rondônia”, ressaltou Julio Cesar Rocha Peres, presidente da Agência.

Desde 2022, o PIVDS é implementado anualmente, focando em três doenças sob controle oficial: a Peste Suína Clássica (PSC), a Peste Suína Africana (PSA) e a Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS). “Até o momento, nenhuma dessas enfermidades foi registrada no estado”, enfatiza Ney Carlos Diaz de Azevedo, auditor fiscal responsável pela coordenação da ação.

MONITORAMENTO

Nos ciclos de 2022 a 2024, a vigilância sorológica resultou na coleta de amostras de sangue de 1.921 suínos em 222 propriedades, todas com resultados negativos para PSC. Nesse mesmo período, a Vigilância Clínica inspecionou 11.015 suínos em 200 propriedades, sem identificar sintomas suspeitos das doenças monitoradas.

O governador de Rondônia, Marcos Rocha, destaca a relevância dessas ações, pois a Peste Suína Clássica é causada por um vírus altamente contagioso que afeta somente suínos, podendo levar à suspensão da venda de carne suína e seus derivados tanto no mercado nacional quanto internacional, além de causar alta mortalidade entre os leitões. “Com este serviço, a Idaron auxilia os produtores a protegerem seu patrimônio e evita prejuízos à nossa economia.”

O Brasil continua livre da PSA (último foco registrado em 1981) e não houve casos confirmados de PRRS.

Desde 2016, Rondônia faz parte da Zona Livre de PSC reconhecida internacionalmente, ao lado de outros 15 estados brasileiros. A manutenção desse status é crucial para o setor agropecuário local. No entanto, o risco ainda existe; o último foco da doença no país foi registrado em outubro de 2024, no Piauí, que não faz parte da Zona Livre.

Para prevenir novos surtos, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) implementou o PIVDS em 2021, exigindo sua execução por todos os estados que compõem a Zona Livre. As atividades do plano incluem a coleta de sangue para exames laboratoriais (vigilância sorológica) e inspeção visual dos animais, com orientação técnica aos produtores (vigilância clínica ativa).